Os jogos do “tigrinho”, “aviãozinho”, “leãozinho”, entre outros do universo dos cassinos virtuais, ganharam visibilidade e grande adesão no Brasil nos últimos meses, sobretudo pelo trabalho massivo de divulgação feito por influenciadores digitais.
Apesar de “vendido” como brincadeira, os jogos são ilegais no Brasil e considerados contravenção penal, jogos de azar, tal qual o histórico jogo do bicho.
No caso do “Fortune Tiger”, o famoso “jogo do tigrinho”, o apostador ganha quando consegue combinar três figuras iguais nas três fileiras que aparecem na tela.
A sorte também é o elemento decisivo nos jogos do tipo “crash”, a exemplo do “jogo do aviãozinho”. Nesta categoria, uma espécie de gráfico om a alta do item aparece na tela do apostador. A ideia é parar o jogo e retirar a aposta antes do “crash”, ou seja, quando o jogo acaba, o que faz o usuário perde dinheiro.
Quais os riscos e como funciona o Fortune Tiger
O “jogo do Tigrinho” promete ganhos de até 10 vezes o valor da aposta em uma rodada bônus, ativada de forma aleatória. Propagandas chegam a sugerir que um apostador pode levar até R$ 270 mil.
Os símbolos que aparecem na tela também são determinantes para os pagamentos. “Laranjas”, “foguetes” e “envelopes” simbolizam pagamentos mais baixos, enquanto “saco de moedas”, “amuleto da sorte” e “lingote de ouro” são os símbolos de pagamentos mais altos.
Nas redes sociais, influenciadores costumam ensinar supostas "táticas" para ter bons resultados no jogo. Os conteúdos incentivam o jogador a manter controle emocional, criar um limite de quanto se deve apostar e até manter a calma em caso de perdas.
Por ser considerado jogo de azar no Brasil, a plataforma não tem registro no país. Para burlar as legislações nacionais, o sistema não é hospedado em sites brasileiros.
Influenciadores digitais são investigados
Os jogos virtuais estão na mira das polícias estaduais. No mês de setembro, a influenciadora Skarlete Mello foi alvo da Operação Quebrando a Banca, da Polícia Civil do Maranhão. Ela é investigada por crimes de promoção de jogos de azar, loteria não autorizada, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Na última semana, a polícia do Paraná também chegou aos influenciadores identificados como Eduardo Campelo, Gabriel, Ezequiel e Ricardo. De acordo com a investigação, conforme revelado por reportagem do Fantástico, da Rede Globo, o trio fez fortuna no jogo e começou a promovê-lo na internet utilizando frases como “Ex-motoboy comprando carro de R$ 1 milhão”.
Segundo a reportagem, os influenciadores ganhavam a ganhar entre R$ 5 mil e R$ 15 mil por campanha de sete dias de divulgação da plataforma.
Para a polícia, uma parte central do esquema fraudulento é a contratação de influenciadores para aliciar pessoas para participar do jogo, o que também é considerado ilegal.
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